18 de jul. de 2011

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8 de jun. de 2011

O ROMANCE INDIANISTA NO BRASIL 2º ano EM


O Romance Indianista traz o índio e os costumes indígenas, como foco literário. Considerado uma autêntica expressão da nacionalidade, o índio era altamente idealizado. Como um símbolo da pureza e da inocência, representava o homem não corrompido pela sociedade, o não capitalista, além de assemelhar-se aos heróis medievais, fortes e éticos. O indianismo fez de certos romances excelentes documentos históricos. José de Alencar é o nosso mais representativo autor indianista, como nos provam os dois melhores romances que escreveu, O Guarani e Iracema (a mais bela lenda indígena transformada em prosa). Mais modernamente, o indianismo é visível em Macunaína, de Mário de Andrade; Cobra Norato, de Raul Bopp e Martin Cerrerê, de Casiano Ricardo.

A PROSA ROMÂNTICA NO BRASIL - 2º ano EM


Os jornais e a literatura O Romantismo é fruto de um complexo movimento de idéias políticas, sociais e artísticas. Esse movimento encontra, no Brasil, um clima propício ao seu desenvolvimento. O público leitor, representado por pessoas da aristocracia rural, encontra na literatura um meio de entretenimento.
O objetivo dos primeiros jornais, no século XIX, é expandir a cultura entre os leitores médios. O jornalismo literário conta com vários adeptos. Os romances de folhetim, de crítica literária, de crônicas passam, então, a ser cultivados. Surgem cronistas importantes, entre eles José de Alencar. Dos seus folhetins, Ao Correr da Pena (1851-1855), sairão mais tarde romances urbanos como Senhora, Sonhos D'ouro, pautados em observações do autor sobre a sociedade do tempo. França Junior – o mais prestigiado cronista da época – publica seus folhetins nos jornais O Globo Ilustrado, O País, O Correio Mercantil. É preciso frisar que a difusão, em livro ou em jornal, de traduções livres, resumos de romance e narrativas populares da cultura estrangeira contribuiu bastante para a divulgação e consolidação desse novo gênero literário.
A prosa ficcional A ficção (romance, novela e contos) se inclui entre os gêneros literários preferidos pelo Romantismo. Com o estabelecimento da corte imperial no Brasil e com o crescente desenvolvimento de alguns núcleos urbanos, o público jovem começa a tomar um certo interesse pela literatura. É do agrado desse público leitor o romance que tenha uma história sentimental, com algum suspense e um desfecho feliz.
O romance romântico no Brasil tem como características marcante o nacionalismo literário. Entende-se por nacionalismo a tendência em escrever sobre coisas locais: lugares, cenas, fotos, costumes brasileiros. Essa tendência contribuiu para a naturalização da literatura portuguesa no Brasil. O romance foi uma forma verdadeira de pesquisar, descobrir e valorizar um país novo.
Nesse período do Romantismo brasileiro, a imaginação e a observação dos ficcionistas alargaram o horizonte da terra e do homem brasileiro. Joaquim Manuel de Macedo, José de Alencar, Visconde de Taunay, Bernardo Guimarães, Franklin Távora foram os expoentes máximos da ficção romântica no Brasil. A narrativa, no romance romântico, é feita em terceira pessoa. Tanto na poesia, como na ficção (exceto no teatro) a linguagem está impregnada de elementos plásticos e sonoros, de imagens e comparações; a linguagem é descritiva.
O Romantismo no Brasil é considerado um marco importante na história da literatura brasileira, porque coincide com o momento decisivo de definição da nacionalidade, que visa a valorizar e reconhecer o passado histórico. Classificação do romance romântico brasileiro É possível agrupar os romances românticos do Brasil a partir da temática de cada um deles. Formam-se inicialmente dois grandes grupos, abordando diferentemente a corte e a província, a partir dos quais podem ser feitas algumas subdivisões:
a) Corte: urbano. Autores: Joaquim Manuel de Macedo, José de Alencar, Manuel Antônio de Almeida.
b) Província: Regionalista – autores: José de Alencar, Bernardo Guimarães, Visconde de Taunay, Franklin Távora. Histórico – autores: José de Alencar, Visconde de Taunay. Indianista – autores: José de Alencar.

Romance urbano

Ambientado na corte, o romance urbano caracteriza-se pela crônica de costumes, retratando a vida social da época. A pequena burguesia é apresentada sem grande aprofundamento psicológico, visto que a sociedade brasileira, ainda pouco urbanizada, não propicia análises de suas relações sociais pouco variadas. Cenas de saraus, bailes, passeios ao campo, etc. alternam-se com complicações de caráter social e moral, como casamentos, namoros, bisbilhotices, etc.
São romances urbanos: A Moreninha, O Moço Loiro, A Luneta Mágica, de Joaquim Manuel de Macedo; Memórias de umSargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida; Diva, Lucíola, Senhora, A Pata da Gazela, Cinco Minutos e A Viuvinha, de José de Alencar.

Romance regionalista

O ambiente rústico, rural é focalizado. A atração pelo pitoresco leva o escrito romântico a pôr em evidência tipos humanos que vivem afastados do meio citadino. Isso observamos nos livros: O Cabeleira, de Franklin Távora; O Sertanejo, de José de Alencar; O Garimpeiro, A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães; Inocência, de Visconde de Taunay.

Romance histórico

Está ligado, pelo assunto, ao romance de “capa e espada”; revela o gosto pelo suspense e a ênfase à vingança punitiva. Há uma volta ao passado histórico, medieval. Apesar da influência estrangeira, pouco a pouco o romancista volta-se para a reconstituição do clima nacional; procura ser fiel aos hábitos, instituições e modus vivendi.

Romance indianista

O romancista procura valorizar as nossas origens. Há a transformação das personagens em heróis, que apresentam traços do caráter do bom selvagem: valentia, nobreza, brio. Essa tendência do romance romântico encontramos nas obras: O Guarani, Iracema e Ubirajara, de José de Alencar.

O BARROCO NO BRASIL - 1º ano EM


O marco inicial do Barroco brasileiro é o poema épico, Prosopopéia de Bento Teixeira (1601). Há dúvidas quanto à origem do poeta, estudos literários recentes afirmam que ele nasceu em Portugal, porém viveu grande parte de sua vida no Brasil, em Pernambuco.
PROSOPOPÉIA é um poema épico com 94 estrofes, que exalta Jorge de Albuquerque Coelho, terceiro donatário da capitania de Pernambuco. Bento Teixeira imita Camões de maneira infeliz, sua obra é cansativa e tem apenas valor histórico.

CONTEXTO HISTÓRICO DO BARROCO BRASILEIRO

O Barroco domina durante todo o século XVII e metade do século XVIII, até 1768.
Na literatura desenvolveu-se na Bahia e nas artes plásticas (esculturas) em Minas gerais
Com as obras do Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa), e na pintura do Mestre Ataíde.

BARROCO BRASILEIRO

*Movimento artístico e filosófico que surge com o conflito entre a Reforma Protestante e a Contra Reforma. Seu objetivo era propagar a religião através de uma arte de impacto, sinuosa, enfeitada ao extremo.Arte altamente contraditória.
A origem da palavra ?barroco? é obscura, hipóteses têm sido consideradas mais aceitáveis: ?barroco? era o adjetivo que designava certas pérolas de superfície irregular e preço inferior.De qualquer forma há um valor depreciativo na palavra, que durante muito tempo foi usada para indicar uma arte e uma literatura ?bizarra?, ?extravagante.?

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA LITERATURA BARROCA

O homem dividido entre o desejo de aproveitar a vida e o de garantir um lugar no céu.
Conflito existencial gerado pelo dilema do homem dividido entre o prazer pagão e a fé religiosa.
Antropocentrismo x Teocentrismo (homem X Deus, carne X espírito).
Detalhismo e rebuscamento- a extravagância e o exagero nos detalhes.
Contradição- é a arte do contraditório, onde é comum a idéia de opostos: bem X mal, pecado X perdão, homem X Deus.
Linguagem rebuscada e trabalhada ao extremo, usando muitos recursos estilísticos e figuras de linguagem e sintaxe, hipérboles, metáforas, antíteses e paradoxos, para melhor expressarem a comparação entre o prazer passageiro da vida e a vida eterna.
Regido por duas filosofias: Cultismo e Conceptismo. Cultismo é o jogo de palavras, o uso culto da língua, predominando inversões sintáticas. Conceptismo são os jogos de raciocínio e de retórica que visavam melhor explicar o conflito dos opostos.

PRINCIPAIS REPRESENTANTES DO BARROCO BRASILEIRO

POESIA

GREGÓRIO DE MATOS GUERRA nasceu em Salvador, em 1663, estudou em Coimbra, exerceu cargos de magistratura em Portugal até, 1681, quando voltou definitivamente para o Brasil, provavelmente fugindo de inimigos angariados por suas poesias satíricas. Na Bahia, voltou a sofrer perseguições devido a suas sátiras. Por isso ganhou o apelido de Boca do Inferno ou Boca de Brasa
TEMAS DA POESIA GREGORIANA:
POESIA RELIGIOSA: mostra o autor envolvido pelo sentimento de culpa e de arrependimento, implorando perdão.
POESIA SATÍRICA: mostra a crítica severa de uma sociedade marcada pela mediocridade e pela desonestidade, nasce de um sujeito lírico que adota um ponto de vista conservador e preconceituoso. Seus poemas satíricos renderam-lhe o apelido de Boca do Inferno.
POESIA ERÓTICA: mostra o uso de palavrões e alusões obscenas, mesmo em textos sutis onde a ambigüidade aparece repleta de safadeza.

A PROSA BARROCA BRASILEIRA

PADRE ANTÔNIO VIEIRA nasceu em Lisboa, em 1608, chegou ao Brasil e se instalou em Salvador, iniciando seu noviciado na Companhia de Jesus.Efetivou uma política de defesa dos cristãos ?novos, procurando protegê-los da Inquisição em Portugal.
Sua extensa obra reflete seu envolvimento nos debates sociais e políticos de Portugal e do Brasil no século XVII. Os sermões e cartas, além de temas especificamente religiosos também manifestam questões polêmicas da época como: a luta pela independência portuguesa,, o confronto com holandeses no nordeste, a escravidão índia e negra, a defesa dos judeus e cristãos-novos contra a intolerância da Inquisição.
OBRAS: CARTAS E SERMÕES ? Sermão da Sexagésima , Sermão de Santo Antônio aos peixes e outros.
Sua obra é notável pelo manuseio da expressão verbal, são textos riquíssimos em imagens, jogos de significado e conceitos, metáforas, e ricos em recursos lingüísticos.
Para a literatura, sua importância foi fundamental. Vieira fixou a prosa na língua portuguesa nos mesmos padrões de realização artística a que Camões fixou a poesia, transformando-se num clássico da língua.
O mais conhecido sermão de Vieira, o Sermão da Sexagésima é uma conclusão de que a palavra de Deus vinha obtendo poucos resultados porque os pregadores estavam mais aplicados em obter efeitos literários do que moralizantes, o que transformava os sermões em vazios estéticos.
Vieira compara a estrutura do sermão à estrutura de uma árvore ? ?a àrvore da vida?, onde as partes constituintes da àrvore, todas relacionadas às partes do sermão.(troncos, ramos,folhas, varas, flores, frutos) numa ordem simetricamente inversa a seguir(frutos, flores, varas, folhas , ramos e tronco. Lendo-se cuidadosamente percebe-se o ritmo das frases e a cadência do texto. Era uma peça para ser exposta oralmente.

O BARROCO EM PORTUGAL - 1º ano EM


O Barroco desenvolveu-se dentro de um período que alternava momentos de depressão e pessimismo com instantes de euforia e nacionalismo. É uma época de crise, turbulência e incertezas que serviu de inspiração para uma arte dinâmica, violenta, perturbada, diferente da clareza, do racionalismo e da serenidade desejados pelos clássicos.

É a arte do conflito, do contraste, do dilema, da contradição e da dúvida. Reflete o conflito entre a herança humanista, renascentista, racionalista e clássica do homem quinhentista (século XVI) e o espírito medieval, místico, religioso, exacerbado pela Contra-Reforma Católica. Expressa, na irregularidade de suas formas contrastantes, o conflito espiritual entre: fé e razão, teocentrismo e antropocentrismo, ceticismo e mundanismo, misticismo e sensualismo, céu e terra, alma e corpo, espírito e carne.

É expressão de um homem repartido entre forças e princípios rivais: esta vida e a outra vida; o mundo daqui e o de além; o natural e o sobrenatural. O corpo tenta a alma e quer queimá-la com a paixão; a alma castiga o corpo pecador, castiga-o com fogo porque quer purificá-lo e reduzi-lo a cinzas.

Desse espírito dualista decorrem: na Literatura, a sobrecarga de antíteses, paradoxos e oxímoros; na Pintura, o jogo de luz e sombra, de claros e escuros; na Escultura e na Arquitetura, a exacerbação dos contrastes alto-relevo e baixo-relevo, formas côncavas e convexas; na Música, os esquemas polifônicos geradores do contraponto e da fuga.

A produção seiscentista da Literatura Portuguesa privilegia como gêneros literários a poesia lírica, a oratória seca, o teatro de costumes, a prosa moralizante, a epistolografia e a historiografia.

Apesar dos extremos de preciosismo, de hermetismo, de afetação e de frivolidade que caracterizam a produção das academias poéticas de retórica (Academia dos singulares, Lisboa, 1628-1665; Academia dos Generosos, Lisboa, 1647 - 1717); apesar da esterilidade e do rebuscamento artificial dos poetas reunidos nas célebres antologias Fênix Renascida (Lisboa, 1716 – 1762) e Postilhão de Apolo (Lisboa, 1761 - 1762), o Barroco em Portugal deixou algumas contribuições importantes como o enriquecimento das possibilidades expressivas e impressivas da imagética (imagens, metáforas, símbolos, alegorias), a valorização de analogias sensoriais ainda não exploradas pela Arte, o aprofundamento dramático do sentimento da complexidade e do mundo interior e da análise racional desse mundo.


Principais participantes da Semana de Arte Moderna - 3º ano EM

Evento inaugura modernismo no Brasil

AFP

A tela Abaporu, da artista Tarsila
do Amaral, é um ícone do
movimento antropofágico brasileiro

  • O que você sabe sobre a semana? Teste-se


  • Com o objetivo de discutir a identidade nacional, compreender a cultura brasileira e os rumos das artes, artistas e intelectuais organizaram nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, a Semana de Arte Moderna - marco do movimento modernista no Brasil.

    O evento, que também envolveu representantes de outros segmentos da sociedade -políticos, educadores, empresários e trabalhadores-, acabou trazendo à tona discussões sobre os rumos da nação, propostas de reforma da Constituição de 1891 e até da sociedade.

    Na época, a Europa ocupava uma posição de vanguarda e, sob essa influência, teve início a discussão de uma nova identidade artística para o país.

    A semana começou com uma conferência do escritor Graça Aranha, intitulada "A emoção estética da arte moderna", e contou com diversas outras participações de escritores, pintores, escultores e músicos, a exemplo de Mário de Andrade, Oswald Andrade, Menotti Del Picchia, Luís Aranha, Sérgio Buarque de Holanda, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Vitor Brecheret, Wilhelm Haerberg e Heitor Villa-Lobos.

    Houve vaias e críticas, especialmente dos defensores do academicismo, mas o saldo foi a entrada do Brasil na modernidade.

    Embora o movimento modernista não se resuma à Semana de Arte Moderna ou a São Paulo, foi esse evento que disseminou as idéias que expressavam os tempos modernos - o arrojo, o dinamismo e a simplicidade na comunicação.

    O evento fez mais: denunciou a alienação das camadas cultas em relação à realidade do país e criticou as desigualdades sociais -assuntos que, mesmo um século mais tarde, permanecem atuais no Brasil.

    Conheça o perfil dos principais participantes:
  • Mário de Andrade
  • Oswald de Andrade
  • Anita Malfatti
  • Manuel Bandeira"
  • Villa-Lobos
  • Di Cavalcanti
  • Graça Aranha
  • Menotti Del Picchia
  • Tarsila do Amaral
  • A SEMANA DE ARTE MODERNA - 3ºano EM


    A Semana da Arte Moderna foi realizada em fevereiro do ano de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, por iniciativa primeira de Graça Aranha, artista literário da época, juntamente com outros escritores, artistas plásticos e músicos, dentre os quais: Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. Havia exposição de pinturas de Anita Malfatti, Di Cavalcanti, John Graz, Vicente do Rego Monteiro e esculturas de Victor Brecheret , além das músicas de Villa- Lobos e Ernani Braga.

    Este movimento artístico propunha uma renovação da visão social e, portanto, também é considerado como uma manifestação política. Neste período a detenção do poder e da riqueza estava nas mãos das oligarquias rurais, substancialmente por causa da produção cafeeira. As cidades brasileiras, por outro lado, passavam por uma rápida transformação urbana, decorrente do processo de industrialização que começou com a I Guerra Mundial em meados do começo do século XX. Em paralelo, os imigrantes europeus estavam substituindo a mão-de-obra escrava, logo após o advento da abolição. De outro lado, a massa operária estava sentindo-se injustiçada pelos baixos salários e carga horária elevada. O Brasil estava dividido entre o lado rural e o urbano.

    Na literatura, em meio a esse turbilhão de acontecimentos sociais, a Semana da Arte Moderna surgiu como marco cultural de um novo movimento literário: o Modernismo.
    Os objetivos da Semana eram de trazer, primeiramente, a homogeneidade dos movimentos artísticos, bem como o de: ter o direito à pesquisa estética, reagir em desfavor do “helenismo” de Coelho Neto e do purismo de Rui Barbosa e da ruptura com o passado de natureza acadêmica, liberdade na escrita e expressão lingüística, sem pudores de linguagem culta e de métricas rígidas.

    Após essa Semana, houve mudanças claras nas produções literárias: um rompimento com o academicismo literário e com a gramática normativa e a incorporação na poesia e na prosa da liberdade na expressão de idéias e nas formas (versos livres), da pontuação subjetiva ou ausência da mesma, da linguagem vulgar, do coloquialismo.








    7 de jun. de 2011

    (FUVEST-SP)
    "Oh! eu quero viver, beber perfumes
    Na flor silvestre, que embalsama os ares;
    Ver minh'alma adejar pelo infinito,
    Qual branca vela n'amplidão dos mares.
    No seio da mulher há tanto aroma...
    Nos seus beijos de fogo há tanta vida...
    - Árabe errante, vou dormir à tarde
    À sombra fresca da palmeira erguida."

    Nesta estrofe de Mocidade e Morte, de Castro Alves, reúnem-se, como numa espécie de súmula, vários dos temas e aspectos mais característicos de sua poesia. São eles:

    a) identificação com a natureza, condoreirismo, erotismo franco, exotismo.
    b) aspiração de amor e morte, titanismo, sensualismo, exotismo.
    c) sensualismo, aspiração do absoluto, nacionalismo, orientalismo.
    d) personificação da natureza, hipérboles, sensualismo velado, exotismo.
    e) aspiração de amor e morte, condoreirismo, hipérboles, orientalismo.














    O CONDOREIRISMO - 2º ano EM


    . Estilo poético da última fase do romantismo brasileiro, desenvolvido entre 1860 e 1870. Tinha como características principais: versos empolgados imitando a retórica do poeta francês Victor Hugo; temas de caráter social e político, refletindo ora sentimento patriótico em relação à Guerra do Paraguai, ora idéias de igualdade em defesa da abolição da escravatura e das rebeliões liberais.

    20 de mai. de 2011

    AUTORES IMPORTANTES DO PRÉ-MODERNISMO 3º Ano EM

    LIMA BARRETO
    Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu no Rio de Janeiro e 13 de maio de 1881. Em 1903 abandonando o curso de engenharia e passou a sustentar a família, já que seu pai enlouquecera e sua mãe havia falecido quando ele ainda tinha 7 anos.
    A primeira versão do romance Clara dos Anjos começou a ser trabalhada já em 1904, três anos depois lançou a revista Floreal e em 1911, em três meses, escreveu o romance Triste fim de Policarpo Quaresma.
    Fez sua primeira colaboração na imprensa ainda em 1902. Influenciado pela Revolução Russa, a partir de 1918 passou a militar na imprensa socialista. Colaborou nos periódicos Correio da Manhã, Gazeta da Tarde, Jornal do Comercio, Fon-Fon, entre outros.
    Em 1914, foi internado pela primeira vez no Hospício Nacional, por alcoolismo, sendo aposentado através de decreto presidencial. Em julho de 1917, após nova internação hospitalar, entrega ao seu editor, J. Ribeiro dos Santos, os originais de Os Bruzundangas, livro de sátiras políticas, somente publicado em 1922, um mês após a morte do autor que se deu no dia primeiro de novembro do mesmo ano.João do Rio
    Pseudônimo mais constante de João Paulo Emílio Coelho Barreto, nasceu em 05 de agosto de 1881e morreu em 23 de junho de 1921 no Rio de Janeiro. Escritor e jornalista carioca, foi redator de jornais importantes, até fundar o diário "A Pátria" que dirigiu até o dia de sua morte. Além de contista e romancista foi autor teatral, exercendo a presidência da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais e traduzindo Oscar Wilde. Foi membro da Academia Brasileira de Letras. obras
    romances
    Recordações do Escrivão Isaías Caminha (1909) - resumo
    Triste fim de Policarpo Quaresma (1915) - resumo
    Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá (1919)
    Clara dos Anjos (1948) sátiras
    Os bruzundangas (1923) - resumo
    Coisas do Reino do Jambom (1953) contos
    O Subterrâneo do Morro do Castelo (1905)
    Histórias e Sonhos (1920)
    Outras Histórias (1952)
    Contos Argelinos (1952)
    A Nova Califórnia (coletânea de contos) aritigos e crônicas
    Bagatelas (1923)
    Feiras e Mafuás (1953)
    Marginália (1953)
    Vida urbana (1953) outros
    Diário íntimo (memória - 1953)
    O cemitério dos vivos (memória - 1953)
    Impressões de leitura (crítica - 1956)
    Correspondência ativa e passiva (1956)

    EUCLIDES DA CUNHA
    Nasceu em Cantagalo, município do Rio de Janeiro, em 20 de janeiro de 1866. Órfão, foi criado por tias na Bahia, onde fez os primeiros estudos. Mais tarde, matricula-se na Escola Politécnica do Rio, transferindo-se depois para a Escola Militar. Positivista e republicano, desacata o então Ministro da Guerra, sendo expulso do estabelecimento em 1888. No ano seguinte, após a proclamação da República, reingressa na Escola Superior de Guerra, formando-se em Engenharia Militar e Ciências Naturais. Em 1896, discordando dos rumos tomados pela República, desliga-se definitivamente do exército. Em 1897, abandona o Rio de Janeiro, fixando-se em São Paulo. Como correspondente do jornal O Estado de S. Paulo, é enviado a Canudos, na Bahia, para cobrir a revolta que lá explodira; de volta a São Paulo, desliga-se do jornal. Em seguida, é chamado para planejar a construção de uma nova ponte em São José do Rio Pardo, interior de São Paulo. Nessa época, redige Os sertões, publicado em 1902.
    Em 1903 é eleito membro do Instituto Histórico e Geográfico e da Academia Brasileira de Letras. Entre 1905 e 1906, designado para tratar de problemas de fronteira no norte do país, estuda profundamente Amazônia. Retornando ao Rio de Janeiro, é nomeado professor de Lógica no Colégio Pedro II. É assassinado no Rio de Janeiro, no dia 15 de agosto de 1909. obras
    Os Sertões (1902) - resumo
    Contrastes e Confrontos (1907)
    À Margem da História (1909)
    Peru Versus Bolívia (1907)
    Castro Alves e seu Tempo (1907).

    MONTEIRO LOBATO
    Literato e jornalista, José Bento Monteiro Lobato nasceu em Taubaté, São Paulo, a 18 de abril de 1882. Descendente de antigos fazendeiros de café do vale do Paraíba, cresceu junto à zona rural, interessando-se pelo homem e pelos problemas do campo. Essa vivência marcou a obra literária de Monteiro Lobato, que se afirmou como autor regionalista. Por isso, criticou a Semana de Arte Moderna de 1922 como "estrangeirismo". Ao revelar as duras condições de vida do interior brasileiro, Monteiro Lobato seguiu os passos de Euclides da Cunha. Esses dois autores se distanciaram do padrão literário das duas primeiras décadas do século XX, caracterizado pela influência francesa e pela temática urbana. As principais obras de Monteiro Lobato pertencem à fase regionalista: ‘Urupês’ (1918), livro de estréia; ‘Cidades Mortas’, ‘Idéias de Jeca Tatu’ (ambos de 1919) e ‘Negrinha’ (1920). O personagem Jeca Tatu tornou-se símbolo do caipira brasileiro, vítima da pobreza e do desamparo. No entanto, Monteiro Lobato adquiriu fama principalmente pela literatura infantil, gênero em que foi pioneiro no país. Personagens como o Visconde de Sabugosa, Tia Nastácia e Emília influenciaram mais de uma geração de brasileiros. Esses e outros personagens do Sítio do Pica-pau Amarelo representam satiricamente a sociedade patriarcal do interior, assim como o passado imperial. A partir dos anos 20, o escritor dedicou-se principalmente a esse tipo de literatura.
    A vida de Monteiro Lobato foi também marcada por iniciativas editoriais e políticas. Em 1918, fundou a primeira editora brasileira a atingir o grande público. A editora Monteiro Lobato faliu em 1925, sendo substituída pela Companhia Editora Nacional. Em 1943, fundou a Editora Brasiliense. Quanto à vida política, após um período em Nova Iorque como adido comercial do Brasil de 1927 a 1929, retornou ao país consciente dos problemas do subdesenvolvimento econômico. Daí empenhou-se em campanhas pela exploração nacional do ferro e do petróleo, dedicando ao último a obra ‘O Escândalo do Petróleo’ (1936). Os esforços de Monteiro Lobato foram levados em conta durante o governo de Eurico Gaspar Dutra e, principalmente, durante o segundo governo de Getúlio Vargas, quando a Petrobrás foi criada. Monteiro Lobato faleceu na cidade de São Paulo a 5 de julho de 1948. obras
    O saci-pererê (1918)
    Urupês (1918)
    Problema Vital (1918)
    Cidades Mortas (1919)
    Idéias de Jeca Tatu (1919)
    Negrinha (1920)
    A Onda Verde (1921)
    Mundo da Lua (1923)
    O Presidente Negro (1926)
    How Henry Ford is Regarded in Brazil (1926)
    Mr. Slang e o Brazil (1927)
    Ferro (1931)
    América (1932)
    Na Antevéspera (1933)
    O escândalo do Petróleo (1936)
    A barca de Gleyre, 2 Vol. (1944)
    Prefácios e entrevistas (1946)
    Zé Brasil (1947)
    La nueva Argentina (1947)
    Infantis
    :
    O saci (1921)
    A aventura de Hans Staden (1927)
    Peter Pan (1930)
    Reinações de Narizinho (1931)
    Viagem Ao Céu (1932)
    Caçadas de Pedrinho (1933)
    História do mundo para crianças (1933)
    Emília no país da gramática (1934)
    Aritmética de Emília (1935)
    Geografia de Dona Benta (1935)
    História das invenções (1935)
    Memórias de Emília ( 1936)
    D. Quixote das crianças (1936)
    Serões de Dona Benta (1937)
    O poço do visconde (1937)
    Histórias de tia Nastácia (1937)
    O pica-pau amarelo (1939)
    O minotauro (1939)
    Reforma da natureza (1941)
    A chave do tamanho (1942)
    Fábulas e Histórias Diversas
    Os doze trabalhos de Hércules, 2 vol. (1944)

    O ULTRA-ROMANTISMO 2º Ano

    Características gerais do Ultra-Romantismo

    • liberdade criadora (o conteúdo é mais importante que a forma; são comuns deslizes gramaticais);
    • versificação livre;
    • dúvida, dualismo;
    • tédio constante, morbidez, sofrimento, pessimismo, negativismo, satanismo, masoquismo, cinismo, autodestruição;
    • fuga da realidade para o mundo dos sonhos, da fantasia e da imaginação (escapismo, evasão);
    • desilusão adolescente;
    • idealização do amor e da mulher;
    • subjetivismo, egocentrismo;
    • saudosismo (saudade da infância e do passado);
    • gosto pelo noturno;
    • consciência de solidão;
    • a morte: fuga total e definitiva da vida, solução para os sofrimentos;
    • sarcasmo, ironia.

    EXERCÍCIOS DE LITERATURA: O QUINHENTISMO 1º Ano EM

    Resolva estes exercícios:

    EXERCÍCIOS DE LITERATURA: O BARROCO 1º Ano EM

    Vamos testar conhecimentos sobre o Barroco?

    JOSÉ DE ANCHIETA 1º Ano EM



    19/3/1534, ilhas Canárias
    9/7/1597, Reritiba (atual Anchieta, ES)

    Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
    José de Anchieta nasceu em família rica, numa das sete ilhas Canárias, de onde avistava os navios que se abasteciam no porto de Tenerife para seguir rumo ao Oriente ou ao Novo Mundo. O pai era um nobre basco, e a mãe, uma judia conversa. Aos 14 anos, foi estudar em Coimbra (Portugal). Sentia a vocação religiosa e, em 1551, foi admitido como noviço no colégio jesuíta da Universidade de Coimbra.

    Em 1553, com 19 anos, foi convidado a vir para o Brasil como missionário, acompanhando Duarte da Costa, o segundo governador-geral nomeado pela Coroa. No comecinho de 1554, chegou a São Vicente, a primeira vila fundada no Brasil por Martim Afonso de Sousa. Lá, teve o primeiro contato com os índios.

    No mesmo ano, junto com o jesuíta português Manuel da Nóbrega, subiu a serra do Mar até o planalto que os índios denominavam Piratininga, ao longo do rio Tietê. Os dois missionários estabeleceram um pequeno colégio, e, em 25 de janeiro de 1554, celebrou-se ali a primeira missa. Anchieta começou o trabalho de conversão, batismo e catequese.

    Para os índios, foi médico, sacerdote e educador: cuidava do corpo, da alma e da mente. Na catequese, usava o teatro e a poesia, tornando a aprendizagem um processo prazeroso. Ensinou latim aos índios, aprendeu tupi-guarani com eles e (seguindo a tradição missionária, que mandava assimilar e registrar os idiomas) escreveu a "Arte da Gramática da Língua Mais Falada na Costa do Brasil", publicada em Coimbra em 1595.

    O colégio de São Paulo de Piratininga, como era chamado, logo expandiu seu núcleo. Mas, ao longo do litoral de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, as tribos formaram uma aliança (conhecida como Confederação dos Tamoios) que atacou São Paulo diversas vezes entre 1562 e 1564.

    Anchieta e Nóbrega tiveram um conflito com Duarte da Costa e decidiram iniciar as negociações de paz com os tamoios em Iperoig (hoje Ubatuba). Anchieta, falando tupi-guarani e viajando por toda aquela costa, foi crucial para ganhar a confiança dos índios, e, após muitos incidentes, estabeleceu-se a paz entre tamoios, tupinambás e portugueses. Nessa época, Anchieta escreveu o "Poema em Louvor à Virgem Maria", com 5.732 versos, alguns dos quais traçados nas areias das praias.

    Em 1565, entrou com Estácio de Sá na baía de Guanabara, onde estabeleceram os fundamentos do que viria a ser a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Dali, Anchieta seguiu para Salvador, onde foi ordenado sacerdote. Por ocasião dessa viagem, novamente pisou em terras capixabas. Em 1567, voltou para o Rio e para São Vicente. Nessa última, permaneceu dez anos, quando foi nomeado provincial (supervisor) dos jesuítas no Brasil.

    Em 1585, fundou a aldeia de Guaraparim (hoje Guarapari), no Espírito Santo. Morreu aos 63 anos em Reritiba, atual Anchieta. Os índios levaram seu corpo numa viagem de 80 quilômetros até Vitória, onde foi sepultado.

    Anchieta, chamado o Apóstolo do Brasil, foi beatificado em 22 de junho de 1980 pelo papa
    João Paulo 2o.

    O QUINHENTISMO NO BRASIL 1º Ano EM

    QUINHENTISMO

    O Quinhentismo foi o primeiro movimento literário no Brasil. Em relação aos demais, sua importância é um tanto quanto menos expressiva na literatura, por não apresentar nenhum escritor brasileiro; ou, ainda, nenhum "escritor". Apesar disso, muitos dos maiores vestibulares do país pedem que seus vestibulandos tenham conhecimento desta matéria. Além disso, serve também como conhecimento geral para aqueles que gostam do assunto. O movimento iniciou-se com o "ínicio" do Brasil (sim, eu sei. O Brasil existia antes do descobrimento, mas para a literatura, assim como para muitas outras coisas, sua história começa quando os portugueses chegam ao país). Seu fim foi marcado pela publicação de Prosopopéia, de Gonçalves de Magalhães, que já tinha algumas tendências barrocas.


    O Descobrimento das Américas marca, antes de mais nada, a transição entre a Idade Média e a Idade Moderna. A Europa vive o auge do Renascimento, o capitalismo mercantil toma o lugar dos feudos, e o êxodo rural provoca o início da urbanização. Houve também, neste período, uma crise na Igreja: o novo grupo dos protestantes contra o grupo dos fiéis católicos (estes últimos no movimento da Contra-Reforma). Durante a maioria deste período, o Brasil era colonizado por Portugal. Os documentos eram escritos por jesuítas e colonizadores portugueses; o primeiro autor brasileiro apareceria, mais tarde, somente no movimento barroco, Gregório de Matos.

    Resumo do Quinhentismo

    Momento sócio-cultural

    .Início da exploração da colônia: extração de pau-brasil e do cultivo da ca-
    na de açúcar.
    .Expedições de exploração e reconhecimento da nova terra.
    .Vinda dos jesuítas: trabalho de catequese dos índios e formação dos primei-
    ros colégios.

    Características literárias

    .Literatura de caráter documental sobre o Brasil de cronistas e viajantes
    estrangeiros.
    .Literatura "pedagógica" dos jesuítas, visando à catequese dos índios.


    Autores e obras

    .Carta de Pero Vaz de Caminha ("certidão de nascimento" do Brasil)

    Literatura de informação
    .Pero Magalhães Gândavo: História da província de Santa Cruz a que vulgar-
    mente chamamos Brasil

    .Gabriel Soares de Sousa: Tratado descritivo do Brasil

    Literatura de catequese

    .Padre Manuel da Nóbrega: Diálogo sobre a conversão do gentio
    .Padre José de Anchieta: Na festa de São Lourenço (peça teatral), Poema à
    Virgem
    (de tradição medieval)

    LUÍS DE CAMÕES 1º Ano EM


    Expressão acabada das glórias de sua terra e do homem renovado pela Renascença, Camões consolidou a língua portuguesa e conferiu-lhe amplitude, aptidão e maleabilidade capazes de abarcar motivos de significado nacional e universal ao mesmo tempo.

    Luís Vaz de Camões nasceu provavelmente em Lisboa em 1524 ou, para outros, 1525. Sua família era de pequenas posses, mas freqüentava a corte ou ocupava cargos importantes, como o do tio que era prior do mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, onde o poeta teria feito o curso de artes. Graças a esse começo se firmaram as bases de sua sólida formação cultural, que levou Wilhelm Storck a chamá-lo "filho legítimo do Renascimento, e humanista dos mais doutos e distintos de seu tempo".

    De 1542 a 1545 parece ter morado em Lisboa, vivendo as primeiras paixões amorosas e dificuldades com o meio. Não se sabe com certeza por que foi forçado a trocar a capital pelo desterro no Ribatejo, mas por volta de 1547 se alistou no serviço militar e seguiu para o norte da África. Em combate perto de Ceuta, no Marrocos, perdeu o olho direito. De volta a Lisboa em 1549, conviveu um tanto com a nobreza, outro tanto com a noite das ruas e dos bordéis. Impetuoso, em 1552 feriu à espada um cavalariço do rei e foi condenado a um ano de prisão.

    TROVADORISMO 1º Ano EM


    Durante a Idade Média, a poesia era apresentada em espetáculos que reuniam texto e música. Seja nos palácios, seja nas feiras populares, trovadores e menestreis divertiam um público para quem a literatura não estava associada à leitura, mas sim à audição.

    GIL VICENTE 1º Ano EM

    O trovador era um nobre alfabetizado, que normalmente compunha versos de amor às damas da Corte. Reis e príncipes recebiam esse artista, pois era educado e sabia conviver com as regras sociais e palacianas.

    A LITERATURA PORTUGUESA NA IDADE MÉDIA 1º Ano EM


    Os primeiros textos da literatura portuguesa foram compostos por volta do século XII, quando Portugal surge como nação independente e a nossa língua começa a se definir, diferenciando-se progressivamente de outras línguas faladas na Península Ibérica.

    19 de mai. de 2011

    O QUE É LER? 1º Ano EM

    Você sabe ler?

    O QUE É LITERATURA? 1º Ano EM

    Você sabe o que é literatura?

    A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA 1º Ano EM

    Por que é importante literatura?Link

    EXERCÍCIOS SOBRE O ROMANTISMO 02 2º Ano EM

    Literatura: exercícios sobre o Romantismo - 1º bimestre - turmas de 2ª série do Ensino Médio.

    I. - Preferência pela realidade exterior sobre a interior.
    II. - Anteposição da fé à razão, com valorização da mística e da intuição.
    III.- Poesia descritiva de representação dos fenômenos da natureza. Detalhismo.
    IV. - Gosto pelo pitoresco, pela descrição de ambientes exóticos.
    V.- Atenção do escritor aos detalhes para retratar fielmente o que descreve.

    1Assinale a alternativa correta.
    Características gerais do Romantismo se acham expressas nas proposições:
    ( ) a) II e IV
    ( ) b) II e III
    ( ) c) I e IV
    ( ) d) II e V

    ___________________________________
    2 - Machado de Assis representa a transição entre:
    ( ) a)Arcadismo e Romantismo
    ( ) b)Barroco e Romantismo
    ( ) c)Romantismo e Realismo
    ( ) d)Parnasianismo e Simbolismo Negrito

    ____________________________________
    3 - Assinale a alternativa que traz apenas características do Romantismo:
    ( ) a)idealismo, religiosidade, objetividade, escapismo, temas pagãos.
    ( ) b) predomínio do sentimento, liberdade criadora, temas cristãos, natureza convencional, valores absolutos.
    ( ) c) egocentrismo, predomínio da poesia lírica, relativismo, insatisfação, idealismo.
    ( ) d)idealismo, insatisfação, escapismo, natureza convencional, objetividade.

    ____________________________________
    4 - (UNIP-SP) Assinale a alternativa não-aplicável à poesia romântica;
    ( ) a) O artista goza de liberdade na metrificação e na distribuição rítmica.
    ( ) b) O importante é o culto da forma, a arte pela arte.
    ( ) c) A poesia é primordialmente pessoal, intimista e amorosa.
    ( ) d) Enfatiza-se a auto-expressão, o subjetivismo, o individualismo.
    ( ) e) A linguagem do poeta é a mesma do povo: simples, espontânea.

    _____________________________________
    5- (UFSE-SE) No período romântico brasileiro, os aspectos estéticos e os históricos ligaram-se de modo especialmente estreito e original: entre nós, o Romantismo deu expressão à consolidação da independência, à afirmação de uma nova Nação e à busca das raízes históricas e míticas de nossa cultura — características que se encontram amplamente
    ( ) a) na poesia de Gonçalves de Magalhães influenciada pela de Gonçalves Dias.
    ( ) b) nos romances urbanos da primeira fase de Machado de Assis.
    ( ) c) nos romances de costumes de Joaquim Manuel de Macedo.
    ( ) d )na lírica confidencial de Álvares de Azevedo e de Casimiro de Abreu.
    ( ) e) na ficção regionalista e indianista de José de Alencar.

    ___________________________
    Gabarito:
    1-a / 2-c / 3-c / 4-b / 5-e

    EXERCÍCIOS SOBRE O ROMANTISMO 01 2º Ano EM

    Você entendeu o Romantismo? Então, resolva

    1. (FUVEST) Poderíamos sintetizar uma das características do Romantismo pela seguinte aproximação de opostos:

    Aparentemente idealista, foi, na realidade, o primeiro momento do Naturalismo Literário.
    Cultivando o passado, procurou formas de compreender e explicar o presente.
    Pregando a liberdade formal, manteve-se preso aos modelos legados pelos clássicos.
    Embora marcado por tendências liberais, opôs-se ao nacionalismo político.
    Voltado para temas nacionalistas, desinteressou-se do elemento exótico, incompatível com a exaltação da pátria.
    algumas questões.local.


    2.

    Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
    Se um suspiro nos seios treme ainda.
    É pela virgem que sonhei... que nunca
    Aos lábios me encostou a face linda!

    (Álvares de Azevedo)


    A característica do Romantismo mais evidente desta quadra é:

    o espiritualismo.
    o pessimismo.
    a idealização da mulher.
    o confessionalismo.

    3.

    Minh’alma é triste como a rola aflita
    Que o bosque acorda desde o albor da aurora,
    E em doce arrulo que o soluço imita
    O morto esposo gemedora chora.

    (Casimiro de Abreu)


    A estrofe apresentada revela uma situação caracteristicamente romântica. Aponte-a.

    A natureza agride o poeta: neste mundo, não há amparo para os desenganos amorosos.
    A beleza do mundo não é suficiente para mitigar a solidão do poeta.
    A morte, impregnando todos os seres e coisas, tira do poeta a alegria de viver.
    O poeta recusa valer-se da natureza, que só lhe traz a sensação da morte.

    4. (FUVEST) "O indianismo dos românticos [...] denota tendência para particularizar os grandes temas, as grandes atitudes de que se nutria a literatura ocidental, inserindo-as na realidade local, tratando-as como próprias de uma tradição brasileira."

    (Antonio Candido, Formação da Literatura Brasileira)


    Considerando-se o texto acima, pode-se dizer que o indianismo, na literatura romântica brasileira:

    procurou ser uma cópia dos modelos europeus.
    adaptou a realidade brasileira aos modelos europeus.
    ignorou a literatura ocidental para valorizar a tradição brasileira.
    deformou a tradição brasileira para adaptá-la à literatura ocidental.

    5.

    TEXTO 1

    Minha terra tem macieiras da Califórnia
    onde cantam gaturamos de Veneza.
    Os poetas da minha terra
    são pretos que vivem em torres de ametista,
    os sargentos do exército são monistas, cubistas,
    os filósofos são polacos vendendo a prestações.
    A gente não pode dormir
    com os oradores e os pernilongos.
    Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
    Eu morro sufocado em terra estrangeira.
    Nossas flores são mais bonitas
    nossas frutas mais gostosas
    mas custam mais de cem mil-réis a dúzia.
    Ai quem me dera chupar carambola de verdade
    e ouvir um sabiá com certidão de idade.

    (Murilo Mendes)




    TEXTO 2

    lá?
    ah
    sabiá...
    papá...
    maná...
    sofá...
    sinhá...

    cá?
    bah

    (José Paulo Paes)


    Os textos acima parodiam importante poema de nossa literatura, cujo autor foi:

    Álvares de Azevedo
    Gonçalves Dias
    Fagundes Varela
    Gonçalves de Magalhães

    6. (FUVEST)

    Cantei o monge, porque ele é escravo, não da cruz, mas do arbítrio de outro homem.
    Cantei o monge, porque não há ninguém que se ocupe de cantá-lo.
    E por isso que cantei o monge, cantei também a morte.
    É ela o epílogo mais belo de sua vida: e seu único triunfo.


    O autor do trecho acima é um poeta da segunda geração romântica brasileira. Pelo fato de não utilizar frequentemente um tipo de linguagem própria da geração em que se encaixa, oscila, muitas vezes, entre a tradição clássica e o pessimismo. Trata-se de:

    Castro Alves.
    Junqueira Freire.
    Gonçalves Dias.
    Casimiro de Abreu.

    7.

    Era um sonho dantesco... O tombadilho
    Que das luzernas avermelha o brilho,
    Em sangue a se banhar.
    Tinir de ferros... estalar do açoite...
    Legiões de homens negros como a noite,
    Horrendos a dançar...

    (Castro Alves)


    Aponte a alternativa que não se aplica ao texto:

    O sonho dantesco a que se refere o poeta compõe-se de figuras humanas, os escravos.
    Sonho dantesco remete às cenas horríveis do "Inferno", descritas na Divina Comédia, de Dante Alighieri.
    O sonho dantesco expressa a indignação do eu-lírico diante do desajuste opressor/oprimido da sociedade brasileira do século XIX.
    A expressão sonho dantesco conota a recusa em admitir que o que se via era real.
    O sonho dantesco é o resultado da inadaptação do poeta ao mundo, devido a seus conflitos exclusivamente interiores.


    8. Leia atentamente o texto abaixo

    Ontem plena liberdade...
    A vontade por poder...
    Hoje... cúm'lo de maldade!
    Nem são livres pra... morrer!
    Prende-os a mesma corrente
    Férrea, lúgubre serpente
    Nas roscas da escravidão...
    (...)
    Senhor Deus dos desgraçados!
    Dizei-me vós, Senhor Deus!
    Se eu deliro... ou se é verdade
    Tanto horror perante os céus...


    Sobre esse texto, não é correto afirmar que:

    mostra o traço romântico do inconformismo.
    dá tratamento eloquente à linguagem para tratar do tema da escravidão.
    pode ser identificado com a poesia abolicionista de Castro Alves.
    pelo tema que explora classifica-se na corrente social da poesia romântica.
    traduz o pessimismo e o egocentrismo do poeta romântico diante da impossibilidade de mudar o mundo.



    9. (FUVEST)

    Oh! Bendito o que semeia
    Livros... livros à mão cheia...
    E manda o povo pensar!
    O livro caindo n'alma
    É germe - que faz a palma,
    É chuva - que faz o mar.
    Vós, que o templo das idéias
    Largo - abris às multidões,
    P'ra o batismo luminoso
    Das grandes revoluções,
    Agora que o trem de ferro
    Acorda o tigre no cerro
    E espanta os caboclos nus,
    Fazei desse "rei dos ventos"
    — Ginete dos pensamentos,
    — Arauto da grande luz!...

    (Castro Alves)


    O tratamento dado aos temas do livro e do trem de ferro, nesses versos de "O livro e a América", permite afirmar corretamente que, no contexto de Espumas Flutuantes,

    o poeta romântico assume o ideal do progresso, abandonando as preocupações com a História.
    o entusiasmo pelo progresso técnico e cultural determina a superação do encantamento pela natureza.
    o entusiasmo pelo progresso cultural se contrapõe ao temor do progresso técnico, que agride a natureza.
    o poeta romântico se abre ao progresso e à técnica, em que não vê incompatibilidade com os ciclos naturais
    o poeta romântico propõe que literatura e natureza somem forças contra a invasão do progresso técnico.



    10. (FUVEST)

    LEITO DAS FOLHAS VERDES

    Por que tardas, Jatir, que tanto a custo
    À voz do meu amor moves teus passos?
    Da noite a viração. movendo as folhas,
    Já nos cimos do bosque rumoreja.

    Eu sob a copa da mangueira altiva
    Nosso leito gentil cobri zelosa
    Com mimoso tapiz de folhas brandas,
    Onde o frouxo luar brinca entre flores.

    Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
    Já solta o bogari mais doce aroma!
    Como prece de amor, como estas preces,
    No silêncio da noite o bosque exala.

    Brilha a lua no céu, brilham estrelas,
    Correm perfumes no correr da brisa,
    A cujo influxo mágico respira-se
    Um quebranto de amor, melhor que a vida!

    A flor que desabrocha ao romper d'alva
    Um só giro do sol, não mais, vegeta:
    Eu sou aquela flor que espero ainda
    Doce raio do sol que me dê vida.

    (Gonçalves Dias)


    Assinale a alternativa correta com relação ao texto.

    Principalmente pela manifestação de elementos simbólicos, tais como "luar", "vales", "bosque" e "perfumes", pode-se dizer que o poema muito se aproxima da estética simbolista.
    O poema romântico indianista recupera as antigas cantigas de amigo medievais, para expressar o amor por meio da espera.
    O poema de Gonçalves Dias demonstra profunda influência renascentista, recebida principalmente de Camões.
    Apesar da intensa presença da natureza, o poema em questão já se aproxima do Parnasianismo, pela presença dos elementos mitológicos.
    Mesmo sendo romântico, notam-se ainda no poema os aspectos marcantes do Arcadismo, principalmente no que diz respeito ao bucolismo.



    Literatura - Romantismo (10 questões)

    1. (FUVEST) Poderíamos sintetizar uma das características do Romantismo pela seguinte aproximação de opostos:
    Cultivando o passado, procurou formas de compreender e explicar o presente.
    Embora marcado por tendências liberais, opôs-se ao nacionalismo político.
    Comentário:A liberdade de criação propiciou ao romântico a amplitude temática, reforçada pela multiplicidade de assuntos que oferecia o mundo da época, com seus conflitos, transformações e interesses.
    2.

    Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
    Se um suspiro nos seios treme ainda.
    É pela virgem que sonhei... que nunca
    Aos lábios me encostou a face linda!

    (Álvares de Azevedo)


    A característica do Romantismo mais evidente desta quadra é:
    a idealização da mulher.
    Comentário:A figura da mulher é quase sempre convertida em anjo, figura poderosa e inatingível, ou em demônio, capaz de mudar a vida do homem, de levá-lo à morte e à loucura.
    3.

    Minh’alma é triste como a rola aflita
    Que o bosque acorda desde o albor da aurora,
    E em doce arrulo que o soluço imita
    O morto esposo gemedora chora.

    (Casimiro de Abreu)


    A estrofe apresentada revela uma situação caracteristicamente romântica. Aponte-a.
    A morte, impregnando todos os seres e coisas, tira do poeta a alegria de viver.
    O poeta atribui ao mundo exterior estados de espírito que o envolvem.
    Comentário:Casimiro de Abreu é quase sempre tido como ingênuo. Poeta de enorme popularidade, sua obra oferece um acesso fácil, musical, sem complexidade filosófica ou psicológica, que agrada os leitores menos exigentes.
    4. (FUVEST) "O indianismo dos românticos [...] denota tendência para particularizar os grandes temas, as grandes atitudes de que se nutria a literatura ocidental, inserindo-as na realidade local, tratando-as como próprias de uma tradição brasileira."

    (Antonio Candido, Formação da Literatura Brasileira)


    Considerando-se o texto acima, pode-se dizer que o indianismo, na literatura romântica brasileira:
    procurou adaptar os modelos europeus à realidade local.
    Comentário:A alternativa é explicitada no texto de Antonio Candido, que se refere à inserção dos temas e atitudes da literatura romântica ocidental na realidade local, tratando-os como próprios de uma tradição brasileira. Segundo o crítico, a realidade local foi subordinante e os modelos europeus foram adaptados a ela. A alternativa B, que pode ter confundido o estudante, inverte a relação entre subordinante e subordinado, como proposta no fragmento transcrito.
    5.

    TEXTO 1

    Minha terra tem macieiras da Califórnia
    onde cantam gaturamos de Veneza.
    Os poetas da minha terra
    são pretos que vivem em torres de ametista,
    os sargentos do exército são monistas, cubistas,
    os filósofos são polacos vendendo a prestações.
    A gente não pode dormir
    com os oradores e os pernilongos.
    Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
    Eu morro sufocado em terra estrangeira.
    Nossas flores são mais bonitas
    nossas frutas mais gostosas
    mas custam mais de cem mil-réis a dúzia.
    Ai quem me dera chupar carambola de verdade
    e ouvir um sabiá com certidão de idade.

    (Murilo Mendes)




    TEXTO 2

    lá?
    ah
    sabiá...
    papá...
    maná...
    sofá...
    sinhá...

    cá?
    bah

    (José Paulo Paes)


    Os textos acima parodiam importante poema de nossa literatura, cujo autor foi:
    Gonçalves Dias
    Comentário:Os textos apresentados pertencem à 1ª geração modernista, que tinha como uma de suas características parodiar as produções literárias dos primeiros movimentos literários nacionais. Neste caso, o poema "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias.
    6. (FUVEST)

    Cantei o monge, porque ele é escravo, não da cruz, mas do arbítrio de outro homem.
    Cantei o monge, porque não há ninguém que se ocupe de cantá-lo.
    E por isso que cantei o monge, cantei também a morte.
    É ela o epílogo mais belo de sua vida: e seu único triunfo.


    O autor do trecho acima é um poeta da segunda geração romântica brasileira. Pelo fato de não utilizar frequentemente um tipo de linguagem própria da geração em que se encaixa, oscila, muitas vezes, entre a tradição clássica e o pessimismo. Trata-se de:
    Junqueira Freire.
    Comentário:Junqueira Freire, injustamente banido de nossas antologias escolares, é autor de Inspirações do Claustro e Contradições Poéticas, coletâneas de poemas românticos da 2ª geração, chamada individualista, mal-do-século, byroniana, gótica, ultra-romântica. Conhecido como o "poeta-monge", Junqueira Freire tentou, na vida monástica, a superação das tensões adolescentes, enclausurando-se num mosteiro sob o nome eclesiástico de Frei Luís da Santa Escolástica. Sem vocação genuinamente mística e ascética, a solução escapista da vida monacal chocava-se com as pulsões eróticas e mórbidas da adolescência romântica. Sua poesia, por vezes próxima do melhor Álvares de Azevedo, é, em grande parte, projeção desse conflito, como demonstra o texto que encabeça a questão.
    7.

    Era um sonho dantesco... O tombadilho
    Que das luzernas avermelha o brilho,
    Em sangue a se banhar.
    Tinir de ferros... estalar do açoite...
    Legiões de homens negros como a noite,
    Horrendos a dançar...

    (Castro Alves)


    Aponte a alternativa que não se aplica ao texto:
    O sonho dantesco expressa a indignação do eu-lírico diante do desajuste opressor/oprimido da sociedade brasileira do século XIX.
    O sonho dantesco é o resultado da inadaptação do poeta ao mundo, devido a seus conflitos exclusivamente interiores.
    Comentário:A obra de Castro Alves é marcada pela preocupação com questões cadentes de seu tempo, com o abolicionismo e a expansão do movimento republicano.
    8. Leia atentamente o texto abaixo

    Ontem plena liberdade...
    A vontade por poder...
    Hoje... cúm'lo de maldade!
    Nem são livres pra... morrer!
    Prende-os a mesma corrente
    Férrea, lúgubre serpente
    Nas roscas da escravidão...
    (...)
    Senhor Deus dos desgraçados!
    Dizei-me vós, Senhor Deus!
    Se eu deliro... ou se é verdade
    Tanto horror perante os céus...


    Sobre esse texto, não é correto afirmar que:
    pelo tema que explora classifica-se na corrente social da poesia romântica.
    traduz o pessimismo e o egocentrismo do poeta romântico diante da impossibilidade de mudar o mundo.
    Comentário:A alternativa e é equivocada, pois não se verificam no texto apresentado o pessimismo e o egocentrismo, características da 2ª geração romântica. O texto em questão corresponde à poesia da 3ª geração romântica, dita condoreira.
    9. (FUVEST)

    Oh! Bendito o que semeia
    Livros... livros à mão cheia...
    E manda o povo pensar!
    O livro caindo n'alma
    É germe - que faz a palma,
    É chuva - que faz o mar.
    Vós, que o templo das idéias
    Largo - abris às multidões,
    P'ra o batismo luminoso
    Das grandes revoluções,
    Agora que o trem de ferro
    Acorda o tigre no cerro
    E espanta os caboclos nus,
    Fazei desse "rei dos ventos"
    — Ginete dos pensamentos,
    — Arauto da grande luz!...

    (Castro Alves)


    O tratamento dado aos temas do livro e do trem de ferro, nesses versos de "O livro e a América", permite afirmar corretamente que, no contexto de Espumas Flutuantes,
    o poeta romântico se abre ao progresso e à técnica, em que não vê incompatibilidade com os ciclos naturais
    Comentário:Ao aproximar metaforicamente o livro ao "germe" e à "chuva", na primeira estrofe, e, ao fazer o trem de ferro acordar o "tigre" e espantar "os caboclos nus", o poeta relaciona as imagens do progresso e da técnica às sugestões da natureza e não vê qualquer incompatibilidade entre esses dois universos, que outros românticos concebiam antagônicos e inconciliáveis.
    10. (FUVEST)

    LEITO DAS FOLHAS VERDES

    Por que tardas, Jatir, que tanto a custo
    À voz do meu amor moves teus passos?
    Da noite a viração. movendo as folhas,
    Já nos cimos do bosque rumoreja.

    Eu sob a copa da mangueira altiva
    Nosso leito gentil cobri zelosa
    Com mimoso tapiz de folhas brandas,
    Onde o frouxo luar brinca entre flores.

    Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
    Já solta o bogari mais doce aroma!
    Como prece de amor, como estas preces,
    No silêncio da noite o bosque exala.

    Brilha a lua no céu, brilham estrelas,
    Correm perfumes no correr da brisa,
    A cujo influxo mágico respira-se
    Um quebranto de amor, melhor que a vida!

    A flor que desabrocha ao romper d'alva
    Um só giro do sol, não mais, vegeta:
    Eu sou aquela flor que espero ainda
    Doce raio do sol que me dê vida.

    (Gonçalves Dias)


    Assinale a alternativa correta com relação ao texto.
    O poema romântico indianista recupera as antigas cantigas de amigo medievais, para expressar o amor por meio da espera.
    Apesar da intensa presença da natureza, o poema em questão já se aproxima do Parnasianismo, pela presença dos elementos mitológicos.
    Comentário:A alternativa b é a única que contempla corretamente uma característica relevante do poema de Gonçalves Dias: a presença de um emissor, de um eu-lírico feminino, à maneira das cantigas de amigo da tradição medieval lusa, de cunho provavelmente autóctone, pré-literário, anterior à influência mais refinada da poesia trovadoresca das Cortes ocitânicas. Mas, contrariamente à espontaneidade dos cantares de amigo, o poema de Gonçalves Dias resulta de uma sofisticada elaboração imagética, ocultando sob o ritmo prosaico dos versos brancos requintados jogos sonoros, que incluem o aproveitamento da sonoridade da língua indígena: "bagari", "arasóia" etc.